quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Revista dos Vegetarianos

Há um tempo atrás, comentei que teria uma novidade para vocês. A novidade é que nosso blog ficou famoso no meio vegetariano.

Fui entrevistada pela Jaqueline B. Ramos, repórter da Revista dos Vegetarianos. A matéria? Infância Vegetariana. Nosso blog tá lá, meninas! E a matéria ficou muito, muito boa mesmo. Recomendo a leitura.

Para quem quiser ler a matéria inteira, basta clicar aqui. Espero que gostem! E espero que eu consiga publicar mais coisas por aqui, pois ideias não me faltam, o que falta é tempo mesmo.

Beijos a todas!

domingo, 28 de novembro de 2010

Moqueca de Palmito

Esses dias resolvi fazer uma receita nova. Uma moqueca de palmito. Gosto de inventar / fazer receitas novas principalmente para mostrar para a Letícia que nós, vegetarianos, comemos coisas muito gostosas, diferentes, sem precisar comer nossos amigos animais nem causar a eles sofrimentos desnecessários.

Pretendo fazer pelo menos duas vezes na semana uma receita mais bacana, algo diferente. A eleita da vez foi uma moqueca de palmito que agradou inclusive os não-vegetarianos da casa (afinal, ainda não estamos na nossa casa, mas isso é outra história).

A receita é vegana, extremamente saborosa e fácil de fazer. Eu a adaptei pra ficar ainda mais fácil, OK? E desculpem a falta de foto mas... a moqueca acabou alguns minutos depois de pronta.

Moqueca de Palmito
Adaptada da Revista dos Vegetarianos nº 49

Ingredientes
- 400g de palmito pupunha em conserva (pode colocar um pouco mais, como fiz aqui, pros loucos por palmito)
- 2 garrafinha de leite de coco
- 3 colheres (sopa) de óleo
- 1/2 cebola picada
- 1 pimentão vermelho picado
- 1/2 talo de alho-poró picado
- 2 colheres (sopa) de cheiro-verde ou coentro
- 1/2 colher (sopa) de sal
- 1/2 dente de alho picado
- 1 colher (chá) curry
- 1 colher (chá) chimi-churri
- 1 colher (sobremesa) de ervas de provence
- 1 xícara de molho de tomate


Modo de Preparo
Refogue a cebola, o alho, o alho-poró e o pimentão no óleo. Deixe dourar. Acrescente o leite de coco e o molho de tomate e deixe apurar. Bata essa mistura no liquidificador ou mixer e volte à panela. Adicione o palmito pupunha fatiado nessa base de moqueca, acrescente os temperos e corrija-os se necessário.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Jogo do "Pode e Não Pode"

Oi pessoal, tudo bem?

Estou voltando aos poucos. Explicando: não estamos mais na cidade de São Paulo, nos mudamos para outra cidade, portanto, estamos em período de mudança, em um lugar provisório e procurando um lugar definitivo. Por isso minha ausência. Mas vou procurar escrever sempre que possível aqui no blog! Sinto falta, sabia?!

Então, deixe eu falar sobre o título do post. Nesta semana Letícia tem ouvido muito de certos onívoros que comer carne é bom, que deixa ficar forte e que é uma delícia... Ela já está bem espertinha e responde que não pode comer, não, que mata os bichinhos. E, como não estamos na nossa casa, mas morando com outras pessoas, todos os dias converso com ela a respeito do assunto, pra ela ir sabendo a verdade por trás daquele filé de frango grelhado que as pessoas comem e acham "uma delícia". E, além dessas explicações todas que todas nós, mães vegetarianas, sabemos quais são, ela e eu inventamos um joguinho chamado "pode e não pode".

Começou com os ímãs de geladeira. São frutas, verduras, legumes e bichinhos. Então, começa-se o jogo.

"Mamãe, pode comer brócolis?"
"Pode, brócolis pode comer."
"Mamãe, pode comer tomate?"
"Pode, tomate pode comer."
"Mamãe, pode comer cogumelo?"
"Pode, cogumelo pode comer."
"Mamãe, pode comer porquinho?"
"Não, porquinho não pode comer."
"Ele é amiguinho, né, mamãe? A gente não come amiguinho, mata ele pra comer, é feio."
"Isso mesmo, Lê, tá certinha"

Ontem evoluí para desenhos em folhas sulfite. Em cada folha desenho várias coisas: alimentos vegetarianos e não-vegetarianos. Escrevo o nome deles, pintei todos e seguimos brincando de "pode, não pode". Ela, toda feliz, mostra o joguinho novo pro pai, pra avó, pros tios e fica toda contente ao mostrar que sabe o que a gente pode e não pode comer.

O que pode comer?
Abacaxi pode comer

Brócolis pode comer

O que não pode comer?
Porquinhos não se pode comer

Galinha não pode comer

Criatividade é tudo nessas horas, hein?! Com o tempo vou adaptando as brincadeiras, mas acredito que esta seja muito boa pra crianças com 2 a 3 anos, ou até mais um pouco.

E vocês? Como passam seus conceitos alimentícios para os filhos?

sábado, 18 de setembro de 2010

Festa Natureba e Vegan para crianças (parte II)


Demorei mas voltei a postar.
Tô na correria por estes tempos, fazendo um site, de mudança, fim de faculdade. Agora consegui dar uma escapada pra contar como foi a festinha da minha filha mais nova (primeiro aninho).
Como disse no post da festa da minha filha de 5 anos, nesta gostaria de fazer tudo mais natureba ainda, mas não consegui mudar tanto assim.
Não consegui deixar de comprar o risóles de brócolis ao alho (é uma perdição hehehe), e o quibe de soja, mas coloquei opções não fritas que foram pãezinhos com patê de tofu, e um cuscuz de legumes em quadradinhos.
Tirei o morango com chocolate meio amargo e fiz espetinhos de frutas, que ficaram lindos porque cortei com aquelas forminhas de inox (de corações, florzinhas, etc).
Foi uma diversão só, porque minha mocinha de 5 anos mais minhas duas irmãzinhas de 8 e 9 anos ajudaram a espetar as frutas.
Até ensaiei fazer um bolo crudívoro de frutas, mas no final fiz um de chocolate com recheio de morangos na geléia sem açúcar (aquelas importadas que são sem açucar, adoçantes e conservantes).
Comprei os cocos verdes e na pressa nem abri, ficaram o suco de uva e o de laranja .

Os espetinhos foram o sucesso da festa!


Esta festinha foi mais simplificada que a outra, mas ainda assim não consegui sentar e curtir com os convidados. Quero simplificar mais ainda nas próximas.

Segue a receita do Bolo.
Bjos

Bolo Vegan de Chocolate
Ingredientes:
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo branca
3 colheres (sopa) de cacau em pó
1 xícara (chá) de açucar mascavo
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
1 colher (café) de canela em pó
1 colher (chá) de essência de baunilha (ou use baunilha natural, se preferir)
5 colheres (sopa) de óleo de canola ou girassol
1 e 1/2 xícara (chá) de água (uma variação possível é substituir 1/2 xícara de água por 1/2 xícara de leite de coco light. A massa ficará mais macia e com sabor especial).
1 colher (sopa) cheia de melado (se quiser mais doce, acerscente mais uma colher).
2 colheres (chá) de vinagre branco ou de maçã

Instruções:
Em uma bacia ou tigela, peneire as farinhas, cacau, açúcar mascavo (force o final com uma colher), canela e fermento em conjunto, misturando bem.
Misture a água com o melado. Reserve.
Faça um buraco no no meio e acrescente o óleo, o vinagre, a essência de baunilha e comece a mexer (utilizando um "chicote" ou uma espátula). Quando a massa saturar, acrescente a água com melado aos poucos, mexendo sempre.
Coloque em fôrma untada e enfarinhada (17 cm de diâmetro com furo no meio), e asse em forno pré aquecido em 200ºC (moderado) de 30 a 40 minutos ou até que, furando com um palito, este saia limpo (depende um pouco de cada forno). Desligue o forno e deixe esfriar naturalmente.

Na cobertura usei o creme ganache que citei na festa da minha outra filha, e no recheio piquei morangos e misturei com a geléia.

Parabéns fofinha linda!




terça-feira, 14 de setembro de 2010

Alimentos de Setembro

Setembro, primavera chegando e nos perguntamos: quais alimentos encontrados na feira estão na época neste mês?

Segue abaixo a listinha e não saia de casa sem ela.

Frutas
Abacaxi pérola; Banana Nanica; Caju; Grape Fruit (nunca encontrei na feira aqui); Jabuticaba; Laranja Lima; Laranja Pera; Maçã Fuji; Mexerica Morgot; Nêspera; Tamarindo

Legumes
Abóbora; Abóbora Japonesa; Abóbora Paulista; Abobrinha Italiana; Cará; Cogumelo; Ervilha Comum; Ervilha Torta; Fava; Inhame; Pimentão Vermelho

Verduras
Alho Poró; Almeirão; Brócolis; Chicória; Couve; Couve de Bruxelas; Couve-Flor; Erva-Doce ou Funcho; Espinafre; Louro; Orégano; Rabanete

Diversos
Alho Nacional; Cebola Nacional; Coco Seco

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vitamina B12 (parte 1)

Oi meninas!

Não vou falar muito sobre a B12 hoje, deixo para um post futuro. Mas vou deixar com vocês a tabela com a recomendação de B12 por faixa etária, extraída do livro "Alimentação Sem Carne" do Dr. Eric Slywitch.

Abaixo, coloco mais ou menos a dosagem que a gente faz em casa. Lembrando a todas que, claro, a consulta com um profissional é recomendada.

RECOMENDAÇÕES DE B12

Idade

B12 (mcg/dia)

Crianças


0 a 6 meses

0,4

7 a 12 meses

0,5

1 a 3 anos

0,9

4 a 8 anos

1,2

Homens e Mulheres


9 a 13 anos

1,8

Maiores de 14 anos

2,4

Gestação

2,6

Amamentação

2,8



Seguinte. Nós, adultos, quando suplementamos via oral, precisamos de 2000 mcg por semana. No meu caso, q tomo um suplemente com 5000 mcg, o tomo a cada 15 dias, e, repito, no meu caso, não tem problema nenhum (minha taxa de B12 está ótima). A Letícia foi numa consulta quando tinha 12 meses e precisava de 500 mgc por semana, segundo o nutricionista. Vendo pela tabela, quando ela completou 2 anos resolvi por conta própria aumentar a dosagem p/ 1000 mcg por semana. Isso pq, com 12 meses a necessidade é de 0,5 mgc ao dia mas, com 1 ano (não sei qual a diferença, mas tudo bem) sobe para 0,9, quase o dobro. Então, fiz isso aí. Até os 8 anos vou dar 1000 mcg por semana, porque, de novo pela tabela, é metade que uma pessoa maior de 14 anos precisa (que deveria suplementar com 2000 mcg por semana). Dos 9 aos 13 anos, darei 1500 mcg por semana. Mas isso gente, é conta minha, tá? Aqui em casa tem dado certo e não temos condição de ficar indo direto em nutricionista. Quem tiver condição e se sentir mais seguro assim, garanto que será bom. Não nos arrependemos de ir. E eu, como simples bióloga, não posso ficar dizendo "faça isso, faça aquilo" porque posso ser processada né. Então tudo o que relato aqui é experiência pessoal, de uma mãe preocupada com a saúde de todo mundo e que só foi no nutricionista p/ saber se estava fazendo tudo certinho. E ainda bem que sim, estava tudo certinho!

Beijos e espero que essa tabela seja útil.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nada se perde


Resolvi escrever este post por um bom motivo: evitar o desperdício de comida. Existe muita comida que podemos fazer usando partes de alimentos que geralmente são jogadas no lixo, descartadas, mas que mesmo assim, são nutritivas e, por que não?, gostosas!

Costumo dizer que, aqui em casa, nada se perde: tudo se transforma. Vou dar pequenos exemplos do que faço em casa, tanto pra economizar, quanto pra evitar o desperdício.

* Cascas de legumes, aparas de abobrinhas: antes de jogar fora, faço com elas caldo de legumes e uso pra fazer sopa, arroz. Depois de bem usados, aí sim, jogo fora. Mas, pelo menos, eles cumpriram seu papel.

* Folhas de beterraba, cenoura, couve-flor, brócolis, alho-poró etc: As folhas de beterraba substituem na boa o espinafre; as de cenoura, pico bem miudinho e faço bolinhos; folhas de couve-flor e brócolis, corto em tirinhas bem finas e uso como se fosse couve manteiga (aliás, gostamos mais delas do que da própria couve...); as de alho-poró uso como tempero também; as de rabanete faço refogadas com alho, gengibre e azeite e fica uma delícia!

* Frutas maduras demais: o mais normal é fazer sucos. Mas também pode-se fazer bolos (banana, abacate, maçã), panquecas doces (pera, maçã), manjar (goiaba - é o que farei hoje).

* Resto de sopa: quando faço a sopinha laranja, uso o resto, que foi passado na peneira, para fazer bolinhos assados ou quibe (hoje o destino dele foi um quibe). A mesma receita do quibe de berinjela, mas sem usá-la, usando o "bagaço" da sopa mesmo.

E vocês? O que fazem em casa para evitar o desperdício de alimentos? Algumas ideias, sugestões, receitas?

Abaixo, algumas receitas que faço usando estas comidinhas que, normalmente, iriam para o lixo.

Manjar de Goiaba
- 4 goiabas vermelhas maduras e descascadas
- 4 xícaras (chá) de água
- 1/2 xícara (chá) de açúcar (pode colocar mais, mas, como preferimos saborear a goiaba, isso é o suficiente)
- 4 colheres de sopa de amido de milho

1. No liquidificador, bata as goiabas com metade da água e passe por uma peneira.
2. Coloque em uma panela, misture o restante da água, o açúcar e o amido de milho e leve ao fogo médio até engrossar, mexendo sempre.
3. Umedeça uma forma e coloque o manjar. Espere esfriar e leve à geladeira até ficar firme (cerca de 4 horas).

Panquecas de Pera
- 2 xícaras de farinha de trigo peneirada
- 3 colheres (sopa) de açúcar orgânico
- 2 colheres (chá) de fermento químico em pó
- 3/4 colher (chá) de sal
- 2 colheres (sopa) manteiga sem sal derretida
- 1 1/4 xícara de leite
- 1 ovo
- 2 peras maduras e raladas

1. Misture todos os ingredientes em uma tigela.
2. Na frigideira untada com a manteiga que você derreteu (já lavou a frigideira? Unte-a de novo, normalmente), coloque 3/4 de concha da massa para cozinhar. Quando estiver fazendo bolhas, vire a panqueca para que doure do outro lado.

Foto: Quibe feito com o "bagaço" da sopinha laranja. Fico devendo as fotos dos outros pratos, porque não tirei...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dieta Vegan Infantil

Faz um tempo que estou para transcrever um compilado de coisas que achei, sobretudo sobre a vitamina K2.
Estou muito atarefada e não consigo.
Então, por achar de grande importância, gostaria de colocar o link de um site que acho bem instrutivo, falando sobre os cuidados quanto a alimentação estritas em crianças.
Está em inglês, e este é mais um motivo para deixar o link, porque é só clicar no google tradutor se alguém não entender nesta língua.

http://www.shazzie.com/life/articles/raw_vegan_children.shtml

A Shazzie, pra quem não conhece, é uma crudívora vegana conhecida no Reino Unido e tal. Meio excêntrica mas muito coerente quando o assunto é alimentação.
Tenho um livro dela chamado Evie's Kitchen, que fala da filha dela, sua dieta, muitas receitas.
Acho muito delicado quando o assunto é crianças, como disse, minhas filhas são vegetarianas estritas, devidamente suplementadas com B12, dentro de casa. Fora, elas não comem carne, mas não restrinjo leite e ovos, e até dei numas duas situações, ovos orgânicos pra elas em casa, e talvez continue dando (estou pesquisando alternativas).
Li primeiramente sobre o assunto do texto no livro, que são praticamente as mesmas coisas que estão neste site, e me identifiquei muito com o ponto que ela sempre reforça, que é para não fazer "experimentos" com seus filhos. Siga seu instinto e se informe bastante, em várias fontes. Não se limite a "modelos" de extremismos.
Ela cita muito o fato de veganos (não só crudívoros) "famosos", esconderem carências nutricionais que seus filhos sofreram, ou esconder suas dietas não tão estritas, por terem um nome a zelar dentro deste meio.
Eu assino em baixo, porque já presenciei pessoalmente isto. Inclusive, o que mais me incomodou, foi ver pessoas dando entrevistas, falando que seus filhos são veganos genuínos quando na verdade eu sabia que não eram. Também não vou citar nomes, mas acho informações muito perigosas.
Enfim, tenho muito respeito pela luta dos Direitos Animais, gostaria muito que fosse plenamente viável nos alimentarmos sem derivados animais, sem se preocupar com suplementações, mas ainda é um assunto que requer cuidados.
A vitamina K2 que ela cita, e você pode encontrar em outros estudos internacionais também, existe em abundância no Nato (fermentado oriental de soja), mas o negócio é muito ruim, difícil até para paladar dos adultos, praticamente impossível para crianças.
Existem suplementos no EUA, no Brasil ainda não vi.
Aliás o buraco é mais em baixo, porque de acordo com estudos, até quem faz dietas onívoras pode ter deficiência dela, uma vez que ela deriva de fontes de animais que se alimentam de grama (galinhas, bois) e estes animais, criados da forma que são hoje, se alimentam de ração (entendeu o paradigma?!).

Só para ficar claro, isto tudo que falei, se aplica sobretudo a alimentação vegana, não ovo-lacto-vegetariana, que não implicaria na dificuldade de obtenção de B12 ou K2.

sábado, 7 de agosto de 2010

Pão de mandioquinha (ovolacto)

Faz um tempo que estou pra colocar alguma coisa aqui no blog e hoje resolvi colocar esta receita de pão de mandioquinha.

Fazer pão não é difícil, só demora porque ele tem que fermentar. Dependendo da massa, também não é difícil de sovar. Este é bem fácil. Divido com vocês a receita mas aconselho a fazer apenas metade dela para um pão de uns 700g. Fiz a receita inteira e o pão ficou imenso: distribuímos pra alguns amigos. Mas fez sucesso e fiz um pra um casal de amigos nossos que, adivinhem, pediu a receita.

Bom apetite!

Pão de mandioquinha
Ingredientes
500 g de mandioquinha (batata-baroa) cozida no vapor até ficar macia e resfriada
3 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de sal
2 ovos
1 xícara de água morna
1 colher (sopa) de fermento biológico seco misturado com meia xícara de água filtrada
Cerca de 1 quilo de farinha de trigo
100 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente ou gelada e ralada (melhor usá-la em temperatura ambiente... a primeira vez que fiz ralei a manteiga e pra lavar tudo depois foi um saquinho... engordurou muito mais coisas que deixá-la aquecendo no sol... risos).

Modo de fazer
No liquidificador bata a mandioquinha com o açúcar, o sal, os ovos e a água morna. Coloque numa bacia grande junto com o fermento hidratado. Junte, aos poucos, mexendo com uma colher de pau, a farinha. Quando a massa ficar dura, junte a manteiga e mexa para incorporar. Termine de juntar farinha de trigo, sempre aos poucos, amassando agora com as mãos, até resultar numa massa lisa, que não gruda mais. Cubra com plástico ou pano e deixe crescer até dobrar de volume. Divida a massa em quatro partes e, numa superfície polvilhada de farinha, abra com rolo um retângulo comprido. Enrole como rocambole e coloque em assadeiras untadas com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Deixe espaço de uns 10 centrímetros entre eles. Quando a massa do pão modelado tiver novamente crescido, polvilhe com farinha (uso sempre uma peneirinha fina - não precisa polvilhar nada, é só frescura) e leve ao forno pré-aquecido bem quente. Deixe assar por 10 minutos, abaixe a temperatura para baixa e deixe assar mais 50 minutos ou até que o pão fique dourado.

Foto: o pão gigante, que quase explodiu no forno enquanto assava. Mas tava boooooommmmm...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A menina do brócolis

Vou começar uma série nova aqui no blog. É a "Menina do brócolis". Quem aí se lembra do menininho do brócolis, no comercial do Sustagem? Acredito que todos, não é mesmo? Eu sempre achei uma graça aquele menininho, sempre mesmo. E, não é que eu tenho a minha própria menininha do brócolis em casa? Vamos às cenas.

Cena #1
Depois de fazer umas berinjelas recheadas, mesmo sabendo que a Lê não é muito fã deste legume, coloquei uma no prato dela. Ela devorou rapidinho e, mesmo com outras coisas no prato, como omelete que ela AMA, ficou me enchendo.
Letícia: Quero mais berinjela, mamãe.
Eu: Come mais um pouco das outras comidas que você gosta.
Lê pega UM grão de feijão e solta:
Lê: Pronto mamãe, me dá outra berinjela agora?

Dei mais uma só, mesmo ela querendo mais.

Cena #2
Fiz couve-flor e brócolis refogados no alho e óleo (coisa básica, né?!), que ela adora. Quando acabou, lá vai a Letícia:
Lê: Eu quero mais brócolis e couve-flor!
Eu dei, e não é que a danada comeu todos e ainda comeu o que mais tinha no prato?

Cena #3
Na casa da minha avó paterna (que chamarei de Bisa).
Bisa: Letícia, você quer guaraná ou coca-cola? (ARGHHHH)
Eu expliquei pra Bisa que ela não tomava refrigereco, ops, refrigerante, e perguntei pra Lê:
Eu: O que você quer beber, filha?
Lê: Suco de laranja.
Detalhe, não tinha suco nenhum lá. Tinha leite e achocolatado, menos mal. Nós 3 bebemos, já que eu, Luis e Lê não tomamos nem comemos tranqueiras industrializadas.

Cena #4
Tomando óleo mineral pra ajudar a fazer o #2 (que tava uma missão impossível, uma verdadeira saga, e continua um pouco embaçado ainda).
Luis: Toma o remédio pra ajudar a fazer coco.
Letícia: Não quer yakult (Explicação: a gente tentou dar yakult pra ela e ela DETESTOU. Falamos que era remédio pro coco sair, por isso ela associou Yakult = remédio e não quis tomar).
Eu: Toma, Lelê, pro coco não ficar muito duro.
Ela então tomou a quantidade indicada pela médica. Logo depois:
Lê: Quero mais!!!

Cena #5
No mercadinho do bairro, comprando algumas coisinhas pra gente (na verdade, procurando mexericas).
Eu: Hummm, não tem mexerica. Vou levar umas laranjas a mais pra fazer suco.
Lê: Leva batata-doce?
Eu: Não, tem em casa.
Lê: Leva couve-flor, mamãe! Olha, tem brócolis! Vamos levar?
Eu: Meu amor, tem tudo isso em casa... olha, tem maracujá, vamos levar pra fazer suco? E pimentão amarelo, vamos levar também?
Lê: Oba, vamos! É gostoso, né?!
Depois disso, até comprei um iogurte de ameixa preta (tudo pra ela fazer coco mais fácil, ô dó!) pra ela, a coisa mais trash da cestinha.

Detalhe: no caixa, uma senhora na nossa frente com o neto, levando um monte de kinojo, ops, miojo, refrigereco, opa, refrigerante e biscoitos recheados de gordura trans.

Pérolas da Letícia, a série: parte 4

Fazia um tempinho que a Lê não dizia mais as suas pérolas, que toda criança tem, e eu já estava com saudades. Esta semana, ela falou duas pérolas engraçadíssimas! Vamos a elas.

Pérola #1
Senhor na rua: Olha lá, a jiboia! (Não sei porque DIABOS ele fala que a Suzie é uma jibóia... ô saco!).
Letícia: O homem não sabe falar cachorro, não é, Fúlvia? (Pois é, ela está numa fase em que não somos papai e mamãe, mas sim, Luis e Fúlvia).

Explicando: a primeira vez que ela ouviu esse senhor falando "Olha lá, a jiboia!" ela perguntou pra mim o que era uma jiboia. Eu disse que era uma cobra muito bonita, mas que ele falava que a Suzie é que era uma jiboia. Ela, perguntou porque e eu respondi "porque esse homem não sabe falar cachorro". Entenderam a pérola?

Pérola #2
Eu: Puxa, como esse elevador é demorado!
Letícia: Demorado igual ao papai.

HUAHUAHUAHUAHUA! Essa dispensa explicações =P

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dias preguiçosos...

Ontem à tarde eu estava simplesmente um caco. 1 da tarde parecia meia noite: meus olhos vermelhos e eu já bamba de sono. Sim, eu tinha coisa pra fazer mas, decidi cuidar um pouco do meu bem-estar e deixar todo o resto pra lá.

Deixa a roupa suja, deixa a roupa amassada, deixa a comida pra fazer depois mesmo... fui deitar com a Suzie. Frio, chuva e sono foi o trio perfeito.

A Lê acordou ainda antes de mim e ficou preocupada em não me ver na sala. Me achou no quarto e falou pra mim que achava que eu tinha sumido, daí me deu um abraço bem gostoso (imagina se eu tivesse mesmo fora de casa?).

Fizemos um lanchinho e daí caiu a ficha: hummm, não tinha quase nada pra comer de janta. Então, vamos de sopa. Mas, sopa do quê? Daí, me lembrei de um livro que comecei a ler esta semana, Julie & Julia (isso mesmo, o livro do filme) e lá tem uma receita de sopa de batata, fácil de fazer. Beleza: peguei as batatas e o alho-poró, coloquei na panela com água, sal, curry e gengibre e deixei por 45 minutos. Depois disso, amassei tudo (isso mesmo, não bati no liquidificador) e coloquei um bocadinho de margarina, na falta de manteiga. Voltou pro fogo pra engrossar. Meu Deus! Como ficou gostosa a sopa! Todo mundo gostou. Pra acompanhar, comemos o que tinha sobrado de arroz e feijão, uma salada e almôndegas de tofu (amassa o tofu e coloca bastante tempero (sal, curry, chimi-churry, gengibre, cominho, ervas, salsinha, cebolinha), farinha de rosca e óleo. Mistura tudo e coloca no forno pra assar por uns 20 minutos ou até dourar).
A sopa de batatas de Julia Child

Hoje, amanheceu chovendo (pra variar) e era dia de feira. Ah, que legal, estamos sem almoço nenhum =/ Então, arrumei algumas coisas da feira no lugar e vamos nós duas (claro, porque a Lê me ajuda bastante, e adora ajudar) a fazer algo simples, porque simplesmente já eram 11h e estávamos com fome. Eu estava com ideia de fazer batata bolinha assada com molho pesto e tomate. Mas a cabecinha de vento esqueceu de comprar manjericão na feira... e aí? Fiz o molho com agrião, azeite, castanhas, um tico de sal e peguei umas folhas do meu manjericão pra dar um gostinho). Cortei as batatas, a Lê foi ajeitando na travessa e colocou os tomates e o molho.
As batatas já assadas

Que mais? Brócolis e couve-flor no alho e óleo e um macarrão simples, com o resto da abobrinha que eu tinha feito pra Suzie (porque ela não come mais ração), alho, azeite, cebola, temperinhos "de bruxa", como sempre dizem e 3 colheres de sopa de molho de tomate. Uma salada deliciosa pra acompanhar e pronto: um almoço rapidinho, fácil e delicioso. Ainda bem que sobrou pra janta porque, senão, teríamos que apelar pra um lanche.
O manjericão de casa, que está lindo, com flores, e me deu uns raminhos pra dar um "tcham" no meu pesto de agrião

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Festa Vegan e Natureba para crianças.

Olá!
Me chamo Samanta e esta é minha primeira postagem no blog do Maternas Vegetarianas.
Minha família é vegetariana estrita na maior parte do tempo, e ovo-lacto-vegetarianos muito eventualmente.
Cansei de buscar a perfeição em matéria de alimentação, mas posso dizer que comemos de forma muito saudável.
Temos um pezinho lá no crudivorismo também, mas isso explico outra hora.
Escolhi o tema "festinha de aniversário" porque é uma constante na vida das mães. Seja pra fazer a festa ou pra levar os filhotes.E quando somos vegetarianas, ambas as situações merecem atenção especial.
Tenho duas florzinhas em casa, e a de 5 anos, já vai a festas "badaladíssimas" hehehe.
Se não bastasse o veganismo, como citei no título, em casa, somos metidos a naturebas também, o que complica um pouco mais o quesito "interação social em eventos".
Quando vai a festas, a Elis não gosta de refrigerante, o que já é meio caminho andado. Nem tem vontade de comer os salgadinhos de carne. O bicho pega na hora do bolo e docinhos (evitamos ao máximo açucar de cana, sobretudo o branco), mas não faço extremismo, respiro fundo, falo pra não exagerar, mas deixo comer um pouquinho de cada.

E se a festa é nossa?
Nos quatro anos anteriores, a Elis sempre teve comemorações mais simples, bolo e(ou) um passeio legal.
Este ano resolvi inovar, chamar a criançada, amigos, parentes.
Sem gastar muito e com um pouco de criatividade, a festinha ficou do tamanho que eu queria, e todo mundo saiu satisfeito.
O pessoal de casa mesmo encheu os balões, alugamos uma piscina de bolinhas e uma cama elástica (muito mais barato que um buffet infantil e as crianças não ficam dispersas umas das outras), uns girassóis, uma toalha de chitão e "voilá"


No cardápio não teve refrigerante.Teve suco de uva (aqueles integrais sem açúcar), suco de melancia (naturalmente doce), e suco de laranja também.
Ao invés de brigadeiro,beijinho e afins, fiz morangos chapiscados de chocolate meio amargo (é só passar o chocolate derretido no garfo e fazer filetes no morango).
Um bolo de cenoura integral, com pouco açucar demerara, e creme ganache por cima e no recheio.
Fiz uma beringela caponata com torradinha para os adultos, comprei risoles de brócolis no alho, croquete de soja, e pipoca.
                           
No final da festa, ao invés de dar aqueles "saquinhos de surpresas"(desagradáveis rsrsrs) cheios de doces, dei bolas daquelas grandonas (ano passado foram cataventos) pras crianças.
Tudo foi vegano mas teve um pouquinho de açucar, um pouquinho de fritura, coisas que evitamos em casa também.
                         

Mês que vem tem o aniversário da bebê, e pra ela já estou bolando várias coisas...
Como quero que a festa seja dela, literalmente, e como sei que vão ter vários bebês, quero fazer tudo que eles possam comer também.
Pouco açucar, muitas frutas, quero incluir água de coco, salgadinhos assados...enfim, não sei se vou conseguir em tudo, mas vou tentar e conto depois.

Vou por a receita do bolo de cenoura aqui, que fez o maior sucesso.
bjos

BOLO DE CENOURA VEGANO
4 cenouras grandes
1 xícaras de açúcar demerara
1/2 xícara de óleo
1 pitada de sal
1 col. sopa de fermento
1 xíc. de água
2 a 3 xíc. farinha de trigo integral

Bater todos os ingredientes no liquidificador, menos a farinha.
Colocar em uma vasilha, e misturar a farinha de trigo.
Assar em forno médio (180°) até dourar o bolo. 



obs: Para o bolo de festa, com recheio, faço duas receitas desta, uma de cada vez, ao invés de dobrar a receita e cortar ao meio, porque bolo de cenoura tem a massa mais molhadinha e pesada do que bolo de festa comum. Acho mais fácil ;-)


O recheio e a cobertura foram de chocolate meio amargo ralado, levemente aquecido com creme de leite de soja.Esse é no "olhômetro" porque tem gente que prefere mais claro ou mais escuro, mais recheio/cobertura ou menos. 

Receita: Berinjela recheada (vegan)

Ontem decidi fazer uma receita diferente com uma das berinjelas remanescentes da feira (ainda falta uma). Como eu não tenho muita imaginação, fico sempre procurando receitas diferentes para fazer com os legumes que tenho em casa.

Eis que, neste mês, várias receitas com berinjela na revista dos vegetarianos. Uma mais gostosa que a outra. Pra começar, resolvi fazer a berinjela recheada, mas usando apenas uma berinjela, ao invés de duas, como pedia a receita (também era a berinjela japonesa, aquela mais fininha, então ficou bem pequenininha mesmo, parecia até sushi... risos).

Eu adaptei a receita, posto a que fiz ontem em casa.

Berinjela Recheada
Ingredientes
- 1 berinjela fatiada (cortando do cabo para a ponta)
- 1/4 xícara de molho de ervas (receita abaixo)
- 1/4 de cebola picada (usei a roxa, cheia de antocianinas)
- 1 dente de alho picado
- 3 colheres de sopa de azeite
- purê de uma batata grande (ou 2 médias)
- brócolis a gosto (a gente AMA, então coloquei bastante até)
- temperos a gosto (sal, curry e zathar foram os usados aqui)
- molho de tomate

Modo de preparo
1. Salpique as berinjelas com sal e deixe em um escorredor por 15 minutos. Depois, coloque-as em um pote e espalhe o molho de ervas sobre elas, misturando para que ela fiquem cobertas com o molho. Grelhe as berinjelas até ficarem macias. Reserve.

2. Vamos ao recheio. Refogue a cebola e o alho no azeite, acrescente o brócolis e coloque os temperos. Mexa bem. Acrescente o purê e misture bem. Acerte o tempero. Recheie cada fatia de berinjela com 1 colher de sopa (se for a berinjela japonesa) ou 2 colheres de sopa (se for a maior). Unte um refratário e coloque as berinjelas. Por cima, espalhe o molho de tomate e leve ao forno para gratinar. Sirva quente.

Rendimento: Serve 3 pessoas na boa. Acompanha arroz, feijão e salada. Sozinha, serve uma pessoa só =P

Molho de Ervas
Ingredientes
- 1/4 de xícara de azeite
- 1 dente de alho
- 1/2 colher de chá de orégano
- 1/2 colher de chá de manjericão ou de ervas

Modo de preparo

Bata tudo no liquidificador (ou mixer) até que fique homogêneo.

O mais engraçado é que a Lê não é muito fã de berinjela. Então, eu a uso no preparo de quibe, como recheio de panquecas e, agora, fiz essa receita. Ela gostou tanto, mas tanto, que o diálogo da janta até parecia ficção. Segue:

Letícia: Quero mais berinjela!
Eu: Come mais um pouco de arroz e feijão e eu te dou outra.
Ela pegou um feijão e disse:
Pronto, mamãe, agora me dá mais berinjela?

Nem preciso dizer que dei muita risada, né?! E, bom... dei mais um pouco da comida que tinha no prato da Lê e coloquei mais uma berinjela pra ela, que devorou em minutos. Hoje, terá mais berinjela recheada em casa, afinal, tem mais uma lá esperando.

Bom apetite!

Me contento com pouco...


Depois de algumas tentativas de plantar hortelã em casa, parti para as sementes de saquinho. Comprei no supermercado um pacotinho de hortelã e outro de manjericão e plantei junto com a Letícia.

Em algumas semanas, eis que nascem as minhas hortelãzinhas, lindas. Mas nada do manjericão... então, minha mãe me deu um pé de manjericão, que está lindão!

De repente... NÃO, minhas hortelãs morreram!!! Já estava com planos de comprar uma mudinha, afinal, não tinham ido pra frente as minhas mudinhas. Mesmo assim, continuei molhando a terra, todo santo dia, já que a esperança é a última que morre.

O esforço valeu a pena: ontem, nasceram minhas hortelãs "fênix". Na verdade, elas renasceram, sei lá. Só sei que dei um grito, acordei o Luis (tá bom que ele tinha mesmo que acordar) e a Lê perguntou por que eu tinha gritado. Aí mostrei minhas plantinhas, verdinhas, lindas, ressurgindo no vaso.

Fiquei feliz =)

Foto: Minhas hortelãs "fênix"

terça-feira, 13 de julho de 2010

Meus contatos

Pessoas que acompanham esta mulher insana que vos escreve: eu não sei onde vão parar na minha caixa de e-mail os comentários que vocês deixam aqui no blog... sério, nem imagino. Não, não quero que vocês parem de comentar, pelo contrário: comentem sempre! Eu sempre dou um pulinho aqui para ver os comentários.

O problema é que eu não vejo todos os comentários dos posts mais antigos... então, se você quiser conversar mais comigo, trocar ideias, pode deixar seu comentário no blog e me mandar e-mail: galadrielfu@yahoo.com.br e galadrielfu@hotmail.com.
Além disso, tem também o meu twitter.

Posso demorar a responder, mas responderei =)

Agora, com licença que vou ver se minha flor de jasmin já acordou.

Receita: Pão de Batata

Semana passada me deu vontade de fazer pão de mandioquinha. Mas, peraí, o título aí não é pão de batata? Sim, eu não estou louca. O jeito de fazer ambos os pães é o mesmo. Voltando ao comecinho então... Não tinha achado uma receita vegana para fazer. Apesar de sermos ovolacto, eu dou preferência às receitas em suas versões veganas. A receita que achei levava ovos e leite. Então, pedi ajuda pra uma amiga, a Renata, que faz coisas deliciosas e veganas, e ela adaptou a receita pra mim.

Eu e minha ajudante pusemos a mão na massa, literalmente: fizemos o pão pela manhã para, no lanche da tarde, termos pão quentinho para comer. A única coisa que a Lê não me ajudou foi a colocar no forno, por motivos mais que óbvios.

Eu até ia tirar foto do pão (fiz 12 pães) mas... digamos que eles acabaram antes de eu sequer pegar a máquina. Pois é, ficou mesmo uma delícia, divino! Naquela tarde eu comi 2 pães e a Lê também (ou seja, sobraram 8 pães). E seguimos comendo pão de mandioquinha. Luis também se esbaldou em pão. Para vocês terem uma ideia: fizemos o pão na quarta e, sexta à noite, ele já era inexistente.

Hoje repetimos a dose: fizemos mais pão (ela adorou sovar o pão - ela dá socos no pão), agora com fotos do processo. Abaixo, a receita.

Pão de Batata
* Ingredientes
- 500g de batata cozida e amassada
- 1/2 xícara de água
- 1 colher (sopa) de açúcar
- 1 colher (chá) de sal
- 2 colheres (sopa) de óleo
- 4 xícaras de farinha de trigo
- 1 envelope de fermento biológico

* Modo de preparo
Amasse tudo junto. Deixe crescer uma vez, sove, deixe crescer de novo. Divida em 12 pedaços (desta vez dividi em 13, não me perguntem por quê), molde, deixe descansar e asse por cerca de 15 a 20 minutos.
Para quem quiser pincelar (eu não quis, deixei do jeito que estava): 2 partes de catchup para 1 de melado de cana OU 1 parte de shoyo para 5 de água.

Obs.: Quer fazer pão de mandioquinha? Substitua a batata pela mandioquinha. Simples, né?!
Obs.2: Não sou nenhuma mestre cuca, adoro aprender a fazer comidinhas gostosas. Então, pode fazer este pão que não tem erro, tá?! Luis que fala que qualquer dia vai abrir um negócio relacionado à comida... risos.
Obs.3: Não reparem nas fotos... eu não sei como tirar foto de comida =/

Agora, as fotos =)
Minha ajudante mexendo a massa com as mãos (incrível como agora ela não acha nojento se sujar de comida)
A massa antes de deixar crescer (e ajeitada pela Letícia)
A massa já maior, em formato de bola (eu arrumei de verdade)
Pãezinhos modelados, descansando.
Pães já assados (ficaram menores dessa vez... será o tempo chuvoso e mais frio?)

domingo, 11 de julho de 2010

Julie & Julia

Este fim de semana assistimos ao filme "Julie & Julia". Achamos bem legal o filme, duas histórias legais: uma de Julia Child, no ano de 1949, que fez aulas de culinária avançada no Cordon Bleu e publicou suas 524 receitas em um livro; a outra de Julie Powell, no ano de 2002, que não estava muito satisfeita com seu trabalho e decidiu fazer todas as receitas da Julia Child em 365 dias e escrever um blog sobre isso. Seu blog fez tanto sucesso que rendeu um livro, do mesmo nome do filme.

Mesmo nós aqui sendo vegetarianos, dava água na boca ver o filme... risos. E fiquei pensando que deve ser legal você pegar um livro de receitas e ir fazendo, né?! Até tenho alguns livros de receitas vegetarianas, mas não sei se me animaria a fazer todas elas =P O que tenho feito é fazer algumas receitas da Revista dos Vegetarianos. Ontem mesmo, fiz macarrão ao molho pesto, de uma edição da revista. Fica sempre gostoso =)

Se você se interessou e quer conhecer os blogs de Julie Powell, segue abaixo os links para:

- O blog atual de Julie: http://juliepowell.blogspot.com (clique aqui para acessá-lo)

- A primeira postagem do blog "The Julie/Julia Project" (para acessar as demais postagens, vá clicando sobre os dias no calendário à direita da página): http://blogs.salon.com/0001399/2002/08/25.html (clique aqui para acessá-lo)

- O mais recente site de Julie Powell: http://juliepowellbooks.com/ (clique aqui para acessá-lo)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Falando do pai


Falo muito de receitas, da Letícia... mas acho que nunca falei de uma personagem importantíssima nesta história toda: o Luis, o pai da Letícia =)

Sempre que dá, ele ajuda bastante na criação dela. Brinca, passeia, lê histórias. Mas, pra certas coisas, ela quer só a mãe: dormir, tomar banho, limpar de manhã, levar no banheiro, colocar na mesa pra comer... mas se eu preciso, o Luis faz essas coisas todas, afinal, ela também precisa se acostumar que o pai dela também quer participar de tudo, não tem só a mamãe (tá, mas certas coisas só eu mesma que faço... risos).

Fora isso, ele apoia certas decisões, não só referentes à Letícia, mas também à Suzie e a mim. É um pai mamífero, poderia assim dizer. Sabe das minhas preferências quanto a determinadas coisas relacionadas à maternidade, procura saber mais sobre certos assuntos, muito participativo mesmo.

Claro que ele tem seus defeitos, como todos nós temos. Alguns eu não gosto e falo pra ele, outros eu nem ligo e nem conto como defeitos. Temos que aprender a conviver com as pessoas, não é mesmo?

E nós dois, em conjunto, seguimos educando as pequenas, tendo ideias parecidas, conversamos sobre coisas importantes na vida das duas, tais como a escola da Letícia (que ainda não vai à escola) e a alimentação da Suzie (não comendo mais ração), passando por outros assuntos, como parto, amamentação, trabalho.

Só uma pequena homenagem pra quem está na nossa vida há muito tempo e de quem eu nunca falei por aqui.

Foto: Luis com a Letícia nos braços, com horas de nascida.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Fazendo farra na cozinha

Ultimamente tenho tido uma excelente ajudante em cada coisa que faço, principalmente na cozinha.

Interessante de ver como a Lê tem interesse em aprender a cozinhar: ela faz questão de me ajudar quando vou preparar alguma coisa. Claro que quando essa coisa é algo mais complicado, eu acabo fazendo enquanto ela dorme; mas, se for algo simples, faço com ela acordada mesmo. Seria uma maneira dela aprender, ajudar e ver como se faz comida, até mesmo incentivá-la a comer aquilo que ela ajudou a preparar.

Isso já começou faz um tempo, mas ainda não tinha fotos legais pra postar aqui. Mas ela gosta de ajudar no preparo do arroz, feijão, salada, legumes. Semana passada ela se entreteu escolhendo e lavando feijão e fazendo um bolo vegano de laranja (adorou raspar a tigela depois). Hoje ela me ajudou a fazer uns pastéis (não sei se a massa é vegana, foi ganha), me ajudou a preparar o recheio (PTS temperada com azeite, sal, orégano, ervas, chimi churry, cominho, curry, salsinha e cebolinha) e a fechar a massa, além de ajudar com a salada: escolheu as folhas de agrião e colocou-as na tigela junto com o pepino e o tomate já fatiados.

Claro que ela mais comia o recheio do pastel do que colocava nele... risos. Mas isso faz parte. Quero esta semana fazer pão com ela e, se eu estiver a fim de comer tranqueira, um brigadeiro.

Fotos: Letícia ajudando com o pastel e com a salada.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A matéria da revista Alô Bebê

Para quem quiser, a matéria das meninas estão publicadas neste site, de uma grande amiga minha. Clique aqui para ler.

Beijos a todas!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

As meninas em revista!!


Lembram que eu falei que as meninas sairiam na revista Alô Bebê? Pois então, recebi ontem a revista em casa. As fotos ficaram lindas! Quem quiser ler, me manda um e-mail, tá bom?

Só publico uma foto linda das duas =) Tá com gostinho de quero mais? Manda e-mail hehehe.

Aguardem, estou cheia de novidades pra colocar aqui no blog, viu?! Só questão de tempo mesmo, que é curtinho aqui em casa...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Receita: Croquete de Mandioquinha


Atendendo a pedidos, segue uma receita que aqui em casa faz muito sucesso: croquete de mandioquinha.

Sempre que compro mandioquinha na feira, agora já sei qual será seu destinho, além de purê ou nhoque. Abaixo, a receita. E bom apetite!!!

Croquete de mandioquinha com cenoura
INGREDIENTES
- 2 xícaras de água
- temperos a gosto (eu uso sal, curry, coentro moído, gengibre em pó, páprica doce. Mas vocês podem colocar o que quiser)
- 600g de mandioquinha descascadas e picadas (pra quem vai na feira, dá mais ou menos dois pacotinhos de mandioquinha - ainda com casca)
- 1 cenoura ralada
- 1 colher de sopa de amido de milho
- 1 colher de sopa de farinha de trigo (opcional - ver abaixo em dica).
- 1 colher de chá de salsinha picada (pode usar também cebolinha, coentro ou alho poró picado)
- óleo para untar

MODO DE PREPARO
Em uma panela média, ferva a água com os temperos. Junte a mandioquinha e cozinhe até ficar macia. Se não secar o caldo, guarde-o para fazer arroz depois (pelo menos é o que eu faço, fica muito gostoso). Só não pode amassar a mandioquinha com o caldo, senão não dá certo. Junte a cenoura ralada, o amido de milho e a salsinha. Amasse tudo, misture e reserve até esfriar. Modele os croquetes na mão. Em uma assadeira, unte-a com óleo (passe-o com papel toalha, fica mais homogêneo) e asse os croquetes no forno por 10 a 15 minutos. Prontinho!

Dica: Para deixar a massa bem firme, acrescente uma colher de sopa de farinha de trigo (é o que eu faço).

Redimento: mais ou menos 20 croquetes.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Loja Virtual - Tudo Para Vegetarianos

Algumas pessoas têm dificuldades em encontrar produtos vegetarianos, seja porque não moram em grandes centros, seja porque acaba sendo mesmo difícil sair de casa e procurar pela cidade um lugar onde se vendam produtos naturais, orgânicos e vegetarianos.

Pensando nisso, Juliana Coutinho Oliveira, designer gráfico, resolveu criar uma loja virtual, possibilitando que todos nós, vegetarianos ou não, pudessem encontrar produtos de qualidade. Segue abaixo um texto enviado por ela, dizendo um pouco da história de sua loja:

Há 1 ano, quando me tornei vegetariana, comecei a me perguntar por que os supermercados e grandes lojas não vendiam produtos para esse público.

Nasci em São Paulo, e sei que essa é a maior cidade do Brasil, mas mesmo assim, não conseguia achar todos os produtos que precisava para a minha nova dieta. Descobri que eu e mais milhares de vegetarianos estamos remando contra a maré de uma sociedade onde o fast food é a opção mais desejada.

Estudei muito, li muito e pesquisei muitos sites em busca de lugares onde eu pudesse ter os produtos que tanto necessitava. Um ano depois, para compartilhar meu conhecimento, e meu total desejo de ver todos os vegetarianos ter, em sua casa, produtos naturais de qualidade, abri uma loja virtual onde o foco é a alimentação vegetariana.

Nessa loja você encontrará artigos de excelente qualidade, por um ótimo preço, e ainda mais, chegando na sua casa, com toda a comodidade possível. Isso mesmo! Agora você não precisará sair da sua casa para encontrar diversos produtos para a sua alimentação e informação sobre o assunto.

Entre no site Tudo para Vegetarianos, faça a sua compra com segurança e sinta o prazer de saber que você tem uma loja especial só pra você!

(Juliana Coutinho Oliveira, designer gráfico e amante da alimentação saudável)



Então, gostaram? Então, entrem no site e boas compras!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Receita: (Un)cheesecake de laranja e café

Depois de muito tempo sem escrever nada por aqui, repasso um receita de uma amiga minha, do VegVida, Renata Octaviani Martins. Receita vegana então, todas nós podemos saboreá-la. Ainda não fiz mas, quem fizer, pode postar aqui como ficou, tá?! Eu também posto depois, quand fizer.

Vamos à receita!

Receita:
Massa:
200g de biscoito maisena vegano (boa parte das marcas o são)
3 colheres (sopa) gordura de palma ou óleo
Um pouco de água
Bater o biscoito no processador ou liquidificador até obter uma farinha. Misture a gordura/óleo e pingue água aos poucos apenas pra dar liga. Forre apenas a base (laterais, não) de uma fôrma com fundo removível e pré asse. Reserve.
-
Creme:
500g de tofu firme (tipo tezukuri, de preferência)
1 xícara de suco de laranja natural
2/3 xícara de açúcar (cristal orgânico, se possível)
10g (aprox. 1 colher) de manteiga de cacau ou outro óleo aromático (nozes, castanhas) - opcional
raspas da casca de 1 laranja
Ferva o açúcar com o suco até obter uma calda. Misture a manteiga de cacau, óleo, com um batedor. Bata o tofu no processador até que ele fique bem liso e fofo. Adicione a calda ainda quente. Misture a raspa de laranja, coloque sobre a massa e leve ao fôrno até que as bordas comecem a dourar.
-
Calda:
1 e 1/2 xícara (chá) café preparado.
2/3 xícara (chá) de açúcar.
Ferva até obter uma calda grossa. Despeje sobre o cheesecake e leva à geladeira.
-
De preferência, consuma apenas no dia seguinte.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/vegvida/4559755497/

quinta-feira, 18 de março de 2010

Receita: Sopinha laranja

Sei que o tempo não está muito convidativo para sopas mas ontem, com o friozinho, resolvi fazer uma sopinha que já tinha feito de outra vez, mas não com cenouras, e sim com uma abóbora. Segue abaixo a receita adaptada (como eu fiz em casa).

INGREDIENTES
500g de cenouras descascadas e picadas em rodelas
1 cebola picada
1 punhado de alho poró (usei tanto folha como parte branca)
Suco de 4 laranjas pêra
1/2 colher de chá de cominho em pó
1/2 colher de chá de gengibre em pó
Água
Azeite
Sal

Aqueça a panela, acrescente o azeite, a cebola, o alho-poró, o gengibre e o cominho. Aqueça e acrescente a cenoura. Refogue até ficar com um cheiro bom (e fica mesmo!). Acrescente o suco (cuidado pra não deixar cairem as sementes, que amargam a sopa) e 4 copos de água pura. Acrescente o sal. Assim que ferver, abaixe o fogo e cozinho por 30 minutos. Triture no liquidificador e coe de volta para a panela. Aqueça novamente até que toda a sopa se encorpe. Acerte o sal.

DICAS: Você pode cozinhar um macarrão para sopa e acrescentar depois que ela estiver pronta, ao invés de tomar somente o caldo. Eu usei macarrão de letrinhas, o preferido da Letícia.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Letícia é vegetariana!


Essa é uma frase que ouvimos direto da nossa pequena.

Desde pequena a gente explica pra ela porque somos vegetarianos, porque não devemos comer os animais, tudo numa linguagem simples. Falamos que os animais são nossos amigos, que eles também tem família e eles ficam tristes quando alguém vai lá e mata um deles pra comer, que os outros ficam chorando. Essas coisas pra crianças mesmo (aliás, preciso ver se faço download de algumas animações sobre vegetarianismo, mais leve pra crianças. Alguém conhece algo do tipo voltado pra crianças?).

Um dia desses, ela pediu pra assistir o desenho O Segredo dos Animais. Coloquei pra ela ver, pela segunda vez (na primeira ela não conseguiu terminar de ver, chorou muito quando o boi morreu no começo do filme). Aí, ela foi vendo e chegou na parte que as raposas pegam as galinhas e querem comê-las. Quando ela viu, ficou horrorizada e me disse assim:

- Não pode comer galinha, mamãe. Elas são amigas e ficam tristes, sentem dor. A gente só pode comer frutas, verduras, legumes, café da manhã, lanche, pão...

Nem preciso dizer que fiquei orgulhosa da minha pequena defensora dos animais e do vegetarianismo. E falou assim mesmo, na linguagem própria dos dois anos de vida, claro. E a enchi de beijos, abraços e disse que era aquilo mesmo. E outras frases dela:

- A Letícia é vegetariana.
- Carne faz mal. Mata os bichinhos e mata as florestas.
- A Letícia adora comer brócolis.

Falando nisso, deixa dar o lanche da minha pequena. Ela precisa ficar forte pra, daqui a pouco, pedir de novo que eu tenha as irmãs gêmeas dela (que ela já deu nome: Laura e Sofia).

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Grávida e Vegetariana


Que algumas pessoas ainda tem preconceito contra os vegetarianos, todos sabem. Mas, ao saber que a moça vegetariana está grávida, aí sim, prepare os ouvidos para ouvir muita coisa absurda. Criança vegetariana então, nem se fala!!! Mas, vamos falar primeiro das grávidas. E da minha experiência.

Desde que me tornei vegetariana, já estava claro em minha mente que eu não mais comeria carne, nem mesmo na gravidez e amamentação.. E os filhos, consequentemente, seriam vegetarianos.

Assim que descobri que estava grávida, comecei a pensar: "se a médica falar besteira da dieta, nem perco meu tempo, procuro outros médicos, tem tantos por aí mesmo". Mas ela até me disse que é a melhor dieta para as gestantes, porque nutre muito bem o feto, evita o famoso intestino preso e, por ser uma alimentação mais leve e saudável, nós, gestantes, temos menos problemas com os enjoos (não que eles não existam, claro, mas eu não os tive mesmo), pressão alta e, se não abusar dos doces e refrigerantes (como algumas pessoas, sejam vegetarianas ou não, abusam), diabetes gestacional.

Mas isso não significa que eu não tive que tomar as vitaminas recomendadas, além da B12: ácido fólico e ferro. Fora isso, ter uma alimentação bem balanceada mesmo. Meu maior aliado neste quesito foi (e continua sendo) a feira que vou semanalmente, comprar minhas vitaminas em forma de frutas, verduras e legumes fresquinhos.

Outra vantagem que os vegetarianos tem é o fato de se preocuparem em ler mais sobre nutrição, aprender sobre as melhores combinações para potencializar a absorção de determinados nutrientes, quais combinações evitar, além de experimentar muito na cozinha, usar temperos naturais, abusar de sucos e frutas. Com isso, a alimentação fica muito mais balanceada e nutritiva que a alimentação onívora que, quando saudável, é composta de arroz, feijão, carne e salada de alface.

Algumas pessoas ficavam preocupadas com o fato de eu não comer carne de nenhum tipo, estar grávida e nem cogitar comer pelo menos um peixinho... Mas minha melhor resposta era, e continua sendo, a minha saúde. Claro que sempre tinha alguém que começava a falar muitas asneiras, a pior foi: se a grávida não comer carne nenhuma, o bebê nasce sem cérebro. O que eu respondi? Que isso era besteira e coisa de programa sensacionalista... depois, começaram a me deixar em paz.

Os cuidados que eu tinha com minha alimentação perduram até hoje: comer muitas verduras cruas, verduras cozidas no vapor, vegetais verdes-escuros (ricos em cálcio e ferro), leguminosas (ricas em cálcio e ferro também), cereais, grãos, sementes, oleaginosas, legumes, raízes, tubérculos, frutas (naturais ou em forma de sucos); sempre combinar alimentos ricos em ferro com aqueles ricos em vitamina C, para melhorar a absorção do ferro e evitar os laticínios depois de uma refeição rica em ferro, porque isso inibe a absorção dos dois nutrientes; fazer 5 a 6 refeições diárias, sendo as mais importantes o café da manhã e o almoço (o correto é se alimentar a cada 3 horas, com pequenos lanches entre as refeições, hora certa, sem beliscar o dia todo); beber muito líquido (de 2 a 3 litros por dia). Claro que algumas vezes escapo e como pizza, lanche... mas não é sempre e nem todos os dias. Uma coisa posso garantir: nossa alimentação mudou pra melhor depois que viramos vegetarianos. E eu fui uma grávida muito saudável, com todos os exames perfeitinhos (até a médica comentou que uma moça que ia lá estava com uma anemia séria, e comia carne todos os dias).

A barriga foi crescendo, a Letícia também foi crescendo, segui com meus exercícios (hidroginástica) e me alimentando bem. A única coisa que me arrependo foi de não ter feito acompanhamento com um nutricionista especializado em vegetarianismo, só o que fiz foi pesquisar, pesquisar e pesquisar um pouco mais, por conta própria. No meu caso, deu tudo mais do que certo, mas o que recomendo é fazer mesmo um acompanhamento. A Letícia faz e é muito saudável, obrigada.

Foto: eu, Suzie e Letícia no barrigão de oito meses.

PS: Este post também foi publicado no site http://blogvidaverde.blogspot.com

sábado, 9 de janeiro de 2010

Almoço de sábado

Aqui a receita do nosso almoço de sábado (hoje mesmo). Quem quiser saber como foi gostoso fazê-lo, clique aqui.

Primeiro, fiz uma salada de alface, agrião, pepino japonês e tomate. Teve também tirinhas de tofu temperadas com gengibre em pó e shoyo, batatas cozidas com sal e, depois de esfriar, temperadas com azeite, salsinha e cebolinha, espaguete ao pesto, ratatouille e suco de laranja (4 laranjas), abacaxi e melancia, sem açúcar. Seguem as receitas.

Espaguete ao pesto
meio pacote de espaguete
1 maço de manjericão
3 dentes de alho
meia xícara de azeite de oliva
1 tomate
sal a gosto

Em um liquidificador bata o alho, o manjericão, o azeite e o tomate. Cubra a massa já cozida com esse pesto.

Ratatouille
1 berinjela
1 abobrinha
1 tomate
1 cebola
2 dentes de alho
azeite
sal e temperos a gosto

Pique em cubos a berinjela, a abobrinha e o tomate. Em uma frigideira, refogue no azeite a cebola, alho, berinjela e abobrinha. Depois junte o tomate e deixe esfriar.

Receitinhas das nossas festas

Seguem aqui as receitas, sem fotos, porque nem deu tempo de tirá-las, do que fiz para o Natal e Ano Novo.

NATAL

Bruschetta
pão italiano
requeijão (mas podem fazer tofupiry também)
tomates fatiados
orégano (pode ser manjericão desidratado também)

Fatie o pão com aproximadamente 1cm. Passe o requeijão, coloque as fatias de tomate e o orégano. Leve ao forno por 10 minutos. Em seguida, adicione um fio de azeite.

Pastel de papas
1kg de batatas
2 colheres (sopa) margarina vegetal
250g de PVT
1 cebola picada
2 dentes de alho
1 xícara de molho de tomate
1 colher (sopa) páprica doce
100g de azeitonas verdes picadas
sal e temperos a gosto

Cozinhe as batatas com água e sal. Enquanto isso, refogue em uma panela a cebola e o alho, coloque o PVT hidratado, a páprica, o molho de tomate, as azeitonas, o sal e os temperos. Pegue as batatas cozidas e faça um purê com a margarina. Unte uma travessa, coloque uma camada de purê, depois uma camada de PVT e, por fim, uma nova camada de purê. Leve ao forno para dourar.

Nugatone (bolo de aveia)
2 xícaras e meia de aveia
1 xícara de açúcar demerara orgânico
200g de margarina vegetal
1 xícara de cacau em pó
8 colheres de sopa de água
200g de bolachaa integrais finas

Misture todos os ingredientes (menos as bolachas) em uma panela. Leve ao fogo e mexa até dar liga. Em uma assadeira, monte o bolo alternando uma camada de bolachas e outra de creme. Termine com uma camada de creme e decore com morangos (não decorei, não tinha morangos).

ANO NOVO
Este foi mais simples... fiz uma salada de folhas (alface crespa, alface americana e agrião), tomate, pepino, milho verde e palmito e uma lasanha de abobrinha. Não teve sobremesa... fiquei devendo até hoje.

Lasanha de abobrinha
1 pacote de massa de lasanha
2 abobrinhas brasileiras cortadas em tiras finas
4 xícaras de molho de tomate (eu usei um pouco mais...)
1/2 cebola picada
2 dentes de alho
salsinha
sal e azeite de oliva a gosto
100g de PVT granulada e hidratada. Tire o excesso de água

Primeiro, prepare o molho. Refogue a cebola, o alho, a PVT e o sal até dourar. Acrescente salsinha e o molho de tomate e deixe cozinhar por 5 minutos. Reserve. Agora prepare a lasanha. Coloque a massa já cozida em uma superfície lisa. Passe uma camada do molho, uma camada de abobrinha, uma de massa, e mais molho. Leve ao forno por 30 minutos.

Bom apetite!