terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nada se perde


Resolvi escrever este post por um bom motivo: evitar o desperdício de comida. Existe muita comida que podemos fazer usando partes de alimentos que geralmente são jogadas no lixo, descartadas, mas que mesmo assim, são nutritivas e, por que não?, gostosas!

Costumo dizer que, aqui em casa, nada se perde: tudo se transforma. Vou dar pequenos exemplos do que faço em casa, tanto pra economizar, quanto pra evitar o desperdício.

* Cascas de legumes, aparas de abobrinhas: antes de jogar fora, faço com elas caldo de legumes e uso pra fazer sopa, arroz. Depois de bem usados, aí sim, jogo fora. Mas, pelo menos, eles cumpriram seu papel.

* Folhas de beterraba, cenoura, couve-flor, brócolis, alho-poró etc: As folhas de beterraba substituem na boa o espinafre; as de cenoura, pico bem miudinho e faço bolinhos; folhas de couve-flor e brócolis, corto em tirinhas bem finas e uso como se fosse couve manteiga (aliás, gostamos mais delas do que da própria couve...); as de alho-poró uso como tempero também; as de rabanete faço refogadas com alho, gengibre e azeite e fica uma delícia!

* Frutas maduras demais: o mais normal é fazer sucos. Mas também pode-se fazer bolos (banana, abacate, maçã), panquecas doces (pera, maçã), manjar (goiaba - é o que farei hoje).

* Resto de sopa: quando faço a sopinha laranja, uso o resto, que foi passado na peneira, para fazer bolinhos assados ou quibe (hoje o destino dele foi um quibe). A mesma receita do quibe de berinjela, mas sem usá-la, usando o "bagaço" da sopa mesmo.

E vocês? O que fazem em casa para evitar o desperdício de alimentos? Algumas ideias, sugestões, receitas?

Abaixo, algumas receitas que faço usando estas comidinhas que, normalmente, iriam para o lixo.

Manjar de Goiaba
- 4 goiabas vermelhas maduras e descascadas
- 4 xícaras (chá) de água
- 1/2 xícara (chá) de açúcar (pode colocar mais, mas, como preferimos saborear a goiaba, isso é o suficiente)
- 4 colheres de sopa de amido de milho

1. No liquidificador, bata as goiabas com metade da água e passe por uma peneira.
2. Coloque em uma panela, misture o restante da água, o açúcar e o amido de milho e leve ao fogo médio até engrossar, mexendo sempre.
3. Umedeça uma forma e coloque o manjar. Espere esfriar e leve à geladeira até ficar firme (cerca de 4 horas).

Panquecas de Pera
- 2 xícaras de farinha de trigo peneirada
- 3 colheres (sopa) de açúcar orgânico
- 2 colheres (chá) de fermento químico em pó
- 3/4 colher (chá) de sal
- 2 colheres (sopa) manteiga sem sal derretida
- 1 1/4 xícara de leite
- 1 ovo
- 2 peras maduras e raladas

1. Misture todos os ingredientes em uma tigela.
2. Na frigideira untada com a manteiga que você derreteu (já lavou a frigideira? Unte-a de novo, normalmente), coloque 3/4 de concha da massa para cozinhar. Quando estiver fazendo bolhas, vire a panqueca para que doure do outro lado.

Foto: Quibe feito com o "bagaço" da sopinha laranja. Fico devendo as fotos dos outros pratos, porque não tirei...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dieta Vegan Infantil

Faz um tempo que estou para transcrever um compilado de coisas que achei, sobretudo sobre a vitamina K2.
Estou muito atarefada e não consigo.
Então, por achar de grande importância, gostaria de colocar o link de um site que acho bem instrutivo, falando sobre os cuidados quanto a alimentação estritas em crianças.
Está em inglês, e este é mais um motivo para deixar o link, porque é só clicar no google tradutor se alguém não entender nesta língua.

http://www.shazzie.com/life/articles/raw_vegan_children.shtml

A Shazzie, pra quem não conhece, é uma crudívora vegana conhecida no Reino Unido e tal. Meio excêntrica mas muito coerente quando o assunto é alimentação.
Tenho um livro dela chamado Evie's Kitchen, que fala da filha dela, sua dieta, muitas receitas.
Acho muito delicado quando o assunto é crianças, como disse, minhas filhas são vegetarianas estritas, devidamente suplementadas com B12, dentro de casa. Fora, elas não comem carne, mas não restrinjo leite e ovos, e até dei numas duas situações, ovos orgânicos pra elas em casa, e talvez continue dando (estou pesquisando alternativas).
Li primeiramente sobre o assunto do texto no livro, que são praticamente as mesmas coisas que estão neste site, e me identifiquei muito com o ponto que ela sempre reforça, que é para não fazer "experimentos" com seus filhos. Siga seu instinto e se informe bastante, em várias fontes. Não se limite a "modelos" de extremismos.
Ela cita muito o fato de veganos (não só crudívoros) "famosos", esconderem carências nutricionais que seus filhos sofreram, ou esconder suas dietas não tão estritas, por terem um nome a zelar dentro deste meio.
Eu assino em baixo, porque já presenciei pessoalmente isto. Inclusive, o que mais me incomodou, foi ver pessoas dando entrevistas, falando que seus filhos são veganos genuínos quando na verdade eu sabia que não eram. Também não vou citar nomes, mas acho informações muito perigosas.
Enfim, tenho muito respeito pela luta dos Direitos Animais, gostaria muito que fosse plenamente viável nos alimentarmos sem derivados animais, sem se preocupar com suplementações, mas ainda é um assunto que requer cuidados.
A vitamina K2 que ela cita, e você pode encontrar em outros estudos internacionais também, existe em abundância no Nato (fermentado oriental de soja), mas o negócio é muito ruim, difícil até para paladar dos adultos, praticamente impossível para crianças.
Existem suplementos no EUA, no Brasil ainda não vi.
Aliás o buraco é mais em baixo, porque de acordo com estudos, até quem faz dietas onívoras pode ter deficiência dela, uma vez que ela deriva de fontes de animais que se alimentam de grama (galinhas, bois) e estes animais, criados da forma que são hoje, se alimentam de ração (entendeu o paradigma?!).

Só para ficar claro, isto tudo que falei, se aplica sobretudo a alimentação vegana, não ovo-lacto-vegetariana, que não implicaria na dificuldade de obtenção de B12 ou K2.

sábado, 7 de agosto de 2010

Pão de mandioquinha (ovolacto)

Faz um tempo que estou pra colocar alguma coisa aqui no blog e hoje resolvi colocar esta receita de pão de mandioquinha.

Fazer pão não é difícil, só demora porque ele tem que fermentar. Dependendo da massa, também não é difícil de sovar. Este é bem fácil. Divido com vocês a receita mas aconselho a fazer apenas metade dela para um pão de uns 700g. Fiz a receita inteira e o pão ficou imenso: distribuímos pra alguns amigos. Mas fez sucesso e fiz um pra um casal de amigos nossos que, adivinhem, pediu a receita.

Bom apetite!

Pão de mandioquinha
Ingredientes
500 g de mandioquinha (batata-baroa) cozida no vapor até ficar macia e resfriada
3 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de sal
2 ovos
1 xícara de água morna
1 colher (sopa) de fermento biológico seco misturado com meia xícara de água filtrada
Cerca de 1 quilo de farinha de trigo
100 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente ou gelada e ralada (melhor usá-la em temperatura ambiente... a primeira vez que fiz ralei a manteiga e pra lavar tudo depois foi um saquinho... engordurou muito mais coisas que deixá-la aquecendo no sol... risos).

Modo de fazer
No liquidificador bata a mandioquinha com o açúcar, o sal, os ovos e a água morna. Coloque numa bacia grande junto com o fermento hidratado. Junte, aos poucos, mexendo com uma colher de pau, a farinha. Quando a massa ficar dura, junte a manteiga e mexa para incorporar. Termine de juntar farinha de trigo, sempre aos poucos, amassando agora com as mãos, até resultar numa massa lisa, que não gruda mais. Cubra com plástico ou pano e deixe crescer até dobrar de volume. Divida a massa em quatro partes e, numa superfície polvilhada de farinha, abra com rolo um retângulo comprido. Enrole como rocambole e coloque em assadeiras untadas com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Deixe espaço de uns 10 centrímetros entre eles. Quando a massa do pão modelado tiver novamente crescido, polvilhe com farinha (uso sempre uma peneirinha fina - não precisa polvilhar nada, é só frescura) e leve ao forno pré-aquecido bem quente. Deixe assar por 10 minutos, abaixe a temperatura para baixa e deixe assar mais 50 minutos ou até que o pão fique dourado.

Foto: o pão gigante, que quase explodiu no forno enquanto assava. Mas tava boooooommmmm...