sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Grávida e Vegetariana


Que algumas pessoas ainda tem preconceito contra os vegetarianos, todos sabem. Mas, ao saber que a moça vegetariana está grávida, aí sim, prepare os ouvidos para ouvir muita coisa absurda. Criança vegetariana então, nem se fala!!! Mas, vamos falar primeiro das grávidas. E da minha experiência.

Desde que me tornei vegetariana, já estava claro em minha mente que eu não mais comeria carne, nem mesmo na gravidez e amamentação.. E os filhos, consequentemente, seriam vegetarianos.

Assim que descobri que estava grávida, comecei a pensar: "se a médica falar besteira da dieta, nem perco meu tempo, procuro outros médicos, tem tantos por aí mesmo". Mas ela até me disse que é a melhor dieta para as gestantes, porque nutre muito bem o feto, evita o famoso intestino preso e, por ser uma alimentação mais leve e saudável, nós, gestantes, temos menos problemas com os enjoos (não que eles não existam, claro, mas eu não os tive mesmo), pressão alta e, se não abusar dos doces e refrigerantes (como algumas pessoas, sejam vegetarianas ou não, abusam), diabetes gestacional.

Mas isso não significa que eu não tive que tomar as vitaminas recomendadas, além da B12: ácido fólico e ferro. Fora isso, ter uma alimentação bem balanceada mesmo. Meu maior aliado neste quesito foi (e continua sendo) a feira que vou semanalmente, comprar minhas vitaminas em forma de frutas, verduras e legumes fresquinhos.

Outra vantagem que os vegetarianos tem é o fato de se preocuparem em ler mais sobre nutrição, aprender sobre as melhores combinações para potencializar a absorção de determinados nutrientes, quais combinações evitar, além de experimentar muito na cozinha, usar temperos naturais, abusar de sucos e frutas. Com isso, a alimentação fica muito mais balanceada e nutritiva que a alimentação onívora que, quando saudável, é composta de arroz, feijão, carne e salada de alface.

Algumas pessoas ficavam preocupadas com o fato de eu não comer carne de nenhum tipo, estar grávida e nem cogitar comer pelo menos um peixinho... Mas minha melhor resposta era, e continua sendo, a minha saúde. Claro que sempre tinha alguém que começava a falar muitas asneiras, a pior foi: se a grávida não comer carne nenhuma, o bebê nasce sem cérebro. O que eu respondi? Que isso era besteira e coisa de programa sensacionalista... depois, começaram a me deixar em paz.

Os cuidados que eu tinha com minha alimentação perduram até hoje: comer muitas verduras cruas, verduras cozidas no vapor, vegetais verdes-escuros (ricos em cálcio e ferro), leguminosas (ricas em cálcio e ferro também), cereais, grãos, sementes, oleaginosas, legumes, raízes, tubérculos, frutas (naturais ou em forma de sucos); sempre combinar alimentos ricos em ferro com aqueles ricos em vitamina C, para melhorar a absorção do ferro e evitar os laticínios depois de uma refeição rica em ferro, porque isso inibe a absorção dos dois nutrientes; fazer 5 a 6 refeições diárias, sendo as mais importantes o café da manhã e o almoço (o correto é se alimentar a cada 3 horas, com pequenos lanches entre as refeições, hora certa, sem beliscar o dia todo); beber muito líquido (de 2 a 3 litros por dia). Claro que algumas vezes escapo e como pizza, lanche... mas não é sempre e nem todos os dias. Uma coisa posso garantir: nossa alimentação mudou pra melhor depois que viramos vegetarianos. E eu fui uma grávida muito saudável, com todos os exames perfeitinhos (até a médica comentou que uma moça que ia lá estava com uma anemia séria, e comia carne todos os dias).

A barriga foi crescendo, a Letícia também foi crescendo, segui com meus exercícios (hidroginástica) e me alimentando bem. A única coisa que me arrependo foi de não ter feito acompanhamento com um nutricionista especializado em vegetarianismo, só o que fiz foi pesquisar, pesquisar e pesquisar um pouco mais, por conta própria. No meu caso, deu tudo mais do que certo, mas o que recomendo é fazer mesmo um acompanhamento. A Letícia faz e é muito saudável, obrigada.

Foto: eu, Suzie e Letícia no barrigão de oito meses.

PS: Este post também foi publicado no site http://blogvidaverde.blogspot.com

sábado, 9 de janeiro de 2010

Almoço de sábado

Aqui a receita do nosso almoço de sábado (hoje mesmo). Quem quiser saber como foi gostoso fazê-lo, clique aqui.

Primeiro, fiz uma salada de alface, agrião, pepino japonês e tomate. Teve também tirinhas de tofu temperadas com gengibre em pó e shoyo, batatas cozidas com sal e, depois de esfriar, temperadas com azeite, salsinha e cebolinha, espaguete ao pesto, ratatouille e suco de laranja (4 laranjas), abacaxi e melancia, sem açúcar. Seguem as receitas.

Espaguete ao pesto
meio pacote de espaguete
1 maço de manjericão
3 dentes de alho
meia xícara de azeite de oliva
1 tomate
sal a gosto

Em um liquidificador bata o alho, o manjericão, o azeite e o tomate. Cubra a massa já cozida com esse pesto.

Ratatouille
1 berinjela
1 abobrinha
1 tomate
1 cebola
2 dentes de alho
azeite
sal e temperos a gosto

Pique em cubos a berinjela, a abobrinha e o tomate. Em uma frigideira, refogue no azeite a cebola, alho, berinjela e abobrinha. Depois junte o tomate e deixe esfriar.

Receitinhas das nossas festas

Seguem aqui as receitas, sem fotos, porque nem deu tempo de tirá-las, do que fiz para o Natal e Ano Novo.

NATAL

Bruschetta
pão italiano
requeijão (mas podem fazer tofupiry também)
tomates fatiados
orégano (pode ser manjericão desidratado também)

Fatie o pão com aproximadamente 1cm. Passe o requeijão, coloque as fatias de tomate e o orégano. Leve ao forno por 10 minutos. Em seguida, adicione um fio de azeite.

Pastel de papas
1kg de batatas
2 colheres (sopa) margarina vegetal
250g de PVT
1 cebola picada
2 dentes de alho
1 xícara de molho de tomate
1 colher (sopa) páprica doce
100g de azeitonas verdes picadas
sal e temperos a gosto

Cozinhe as batatas com água e sal. Enquanto isso, refogue em uma panela a cebola e o alho, coloque o PVT hidratado, a páprica, o molho de tomate, as azeitonas, o sal e os temperos. Pegue as batatas cozidas e faça um purê com a margarina. Unte uma travessa, coloque uma camada de purê, depois uma camada de PVT e, por fim, uma nova camada de purê. Leve ao forno para dourar.

Nugatone (bolo de aveia)
2 xícaras e meia de aveia
1 xícara de açúcar demerara orgânico
200g de margarina vegetal
1 xícara de cacau em pó
8 colheres de sopa de água
200g de bolachaa integrais finas

Misture todos os ingredientes (menos as bolachas) em uma panela. Leve ao fogo e mexa até dar liga. Em uma assadeira, monte o bolo alternando uma camada de bolachas e outra de creme. Termine com uma camada de creme e decore com morangos (não decorei, não tinha morangos).

ANO NOVO
Este foi mais simples... fiz uma salada de folhas (alface crespa, alface americana e agrião), tomate, pepino, milho verde e palmito e uma lasanha de abobrinha. Não teve sobremesa... fiquei devendo até hoje.

Lasanha de abobrinha
1 pacote de massa de lasanha
2 abobrinhas brasileiras cortadas em tiras finas
4 xícaras de molho de tomate (eu usei um pouco mais...)
1/2 cebola picada
2 dentes de alho
salsinha
sal e azeite de oliva a gosto
100g de PVT granulada e hidratada. Tire o excesso de água

Primeiro, prepare o molho. Refogue a cebola, o alho, a PVT e o sal até dourar. Acrescente salsinha e o molho de tomate e deixe cozinhar por 5 minutos. Reserve. Agora prepare a lasanha. Coloque a massa já cozida em uma superfície lisa. Passe uma camada do molho, uma camada de abobrinha, uma de massa, e mais molho. Leve ao forno por 30 minutos.

Bom apetite!